quinta-feira, 1 de março de 2012

Crônica das Corujas

Crônica sobre as corujas


   Por muitos anos, no pátio de nossa Paróquia, encontra-se uma casa muito diferente. Uma pequena habitação, simples, aconchegante e “familiar”, que deseja ser para nós um exemplo de “Família”, “Igreja Doméstica”. As corujas são parte integrante de nossa comunidade paroquial e dentro da espiritualidade de São Francisco é continuidade do carisma do Santo de Assis, em louvar o Criador por todas as suas criaturas. Seu exemplo de vida é para nós, exemplo de como conduzir uma família. 
São cinco gerações que por aqui passaram dessas aves, símbolo de sabedoria, do conhecimento, da filosofia, e que muito deixam de ensinamento para cada um e cada uma de nós, pais, mães, filhos, filhas, netos, avós. 
    Em 2010 nasceram cinco filhotes e quando estes já conseguiam sobreviver por conta própria, eram instigados a partir para outros lugares, a fim de se fortalecerem e constituírem suas próprias famílias. Ficaram os pais para continuarem com a tradição da “família”. Neste ano de 2011, nasceram três filhotes que conviveram conosco, entre as crianças da catequese, os casais, e os mais maduros dos grupos de oração.           Porém, em maio deste ano, uma coruja foi atropelada e morreu, e restou à que ficou encontrar um novo parceiro e dar continuidade à sua vida. O destino, então, reservava outra surpresa. De solidão, talvez, a coruja que ficou no lar criado por cinco gerações, sentindo-se sozinha e desolada sem a presença dos filhotes, que já haviam partido para novas terras, morre, ao lado da entrada de sua toca. O dia fica triste, as tardes no pátio da paróquia perderam sua alegria, e até mesmo o cantar das corujas calaram por um longo tempo. Será o fim da “família” das corujas? Quando numa manhã de junho aparece esplendorosa, sobre o cume do Salão José Sullivam, duas corujas, com certeza, os filhotes criados pelos pais falecidos, que carinhosamente continuam a tradição da família coruja. Assim, o que fica para nós deste relato? Nós devemos pegar o exemplo das corujas e sermos mais solidários e continuadores da missão confiada por   Deus a cada um de nós. Olhemos a partir de agora a família coruja com novos olhos e saibamos tirar exemplos de vida para nossas famílias, nestes tempos onde a instituição familiar está sendo bombardeada por todos os lados e os valores essenciais para a “Igreja doméstica” são deixados de lado. 

Que a Sagrada Família interceda por nossas famílias. 



Frei Carlos Antônio da Silva, OFM.

2 comentários:

  1. OBRIGADO FREI CARLOS POR NOS CNDUZIR TAO BELA E PROFUNDA REFLEXAO. QUE DEUS CONTINUE A COBRI-LO DE BENÇAOS E PROFUNDA SABEDORIA. SOMOS AGRACIADOS POR TE-LO CONOSCO. PAZ E BEM!

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    1. Eu sou plenamente grato por ter pessoas tão maravilhosas ao meu lado, e faço tão para que Deus toque no coração de cada pessoa para que possa seguir o caminho de Cristo e serem salvas. Que São Francisco de Assis interceda a Deus por você.

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