quinta-feira, 29 de março de 2012

Santuário Matriz: 100 anos de acolhida e evangelização

O conhecido Santuário Velho de Trindade completará 100 anos de construção no próximo dia 9 de setembro de 2012, e em comemoração o acadêmico de jornalismo   Paulo Afonso Tavares 23, fez um estudo aprofundado referente aos 100 anos de história, onde surgiu a ideia de lançar o livro: “Santuário Matriz: 100 anos de acolhida e evangelização”. “Depois de um ano pesquisando os arquivos do Santuário e lendo teses de mestrados e doutorados, eu passei a ter informações necessárias para reconstruir a história de um Deus apaixonado pelos os seus filhos sofridos do sertão goiano”, afirma.

O prefaciado foi escrito pelo reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, padre Robson de Oliveira e será publicado em uma parceria entre as editoras Kelps e PUC Editora. A obra resgata a história de devoção dos goianos ao Divino Pai Eterno. “Tudo começa com o casal de agricultores, Constantino Xavier e Ana Rosa, que encontram o medalhão de barro com a figura da Santíssima Trindade coroando a Virgem Maria, e prossegue até os dias atuais, com a missão evangelizadora do Santuário Matriz”, antecipa o escritor. “O fato de a obra narrar a nossa história e falar de nossas raízes. Também para conhecer um pouco do Santuário Velho de Trindade e de sua importância para o surgimento de nossa cidade. É um livro belo, não por causa da autoria, pois qualquer jornalista ou historiador que o escrevesse faria com que continuasse belo. É a história. Uma linda história de amor de um Deus apaixonado por seus filhos”. Complementa Paulo.

A obra conta com 150 paginas e reúne 120 fotos, desde as primeiras fotos do Santuário Velho, de suas reformas até aos dias atuais. Toda a renda obtida com o livro será revertida para a reforma do Santuário. Para escrever o livro, Paulo Afonso teve que abrir mão de muitas coisas, como lazer e passar momentos com os amigos. Além disso, precisou conciliar a pesquisa e a escrita com a faculdade, com o trabalho e suas obrigações na Igreja, onde ele é catequista de crisma, coordenador da Pastoral da Juventude e repórter da Revista Uno & Trino do Santuário Matriz de Trindade. “Não foi fácil escrever este livro. Tive que superar vários obstáculos, e incontáveis vezes eu pensei em desistir. Mas tive fé no Pai Eterno e força de vontade. Pois eu sei que a obra vai ajudar a divulgar a história de devoção”, finaliza Paulo Afonso.

O lançamento do livro será no dia 15 de abril na missa ás 20 horas no Santuário Matriz do Divino Pai Eterno de Trindade – GO.


quarta-feira, 28 de março de 2012

Quando devemos falar com Deus?

Deus fala conosco em qualquer lugar em que estejamos e nós também podemos falar com Ele de qualquer lugar. Sempre e em todo momento a hora é oportuna para elevarmos o nosso coração ao Senhor: na alegria, na tristeza, nas vitórias, nas quedas, na abundância, na penúria, na saúde, na doença…


O Senhor é o “Deus Conosco” sempre e com Ele sempre podemos contar. Muitas vezes, as pessoas por quem temos uma enorme consideração nos deixam na mão nos momentos em que mais precisamos delas, mas com o Todo-poderoso é diferente.


“Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que estás gravada na palama da minha mão” (Is 49, 15-16a).


Mantenhamos hoje, ao longo de todo este dia, o nosso coração unido a Deus Pai e recorramos a Ele em todos os momentos.


Jesus, eu confio em Vós!


quinta-feira, 15 de março de 2012

1º Dia da Trezena de terças-feiras em louvor a Santo Antônio



                   


           LISBOA DO SÉCULO XII  
Interessa a nós que queremos nos ocupar com Santo Antônio de Lisboa, a cidade dos fins do século XII que há muitos séculos nascera às margens do rio Tejo. Naquela altura da história não era ela ainda capital de Portugal, nem nela morava o rei com sua corte, mas era uma povoação rica e populosa. Bem situada geograficamente, povoada por gente audaciosa vinda de todas as partes, torna-se próspera e procurada, desenvolvendo o comercio e a ciência.
Muito sofrera com as invasões e incursões de inimigos, como a dos mouros que a dominaram por quatro séculos, ate que o rei Afonso Henriques assumi o poder, no ano de 1147. E foram surgindo as muralhas, as fortificações e as igrejas, como a catedral de Santa Maria, a cujos pés nasceria Santo Antônio. Surgiram assim os nobres e os senhores, os ricos e faustosos castelos, o barulho e o comércio, com suas facilidades e problemas, as classes pobres e indigentes, marcando as diferenças e reclamando soluções de todos quantos sofrem os problemas de uma geração.
Dentre as famílias, destacamos as de Martim de Bulhões e Teresa Taveira, pelas crônicas esta família destaca-se com o herói das cruzadas, Godofredo de Bulhões, que em Portugal estivera quando da retomada de Lisboa aos mouros. Mas Martim de Bulhões não vivia como cavaleiro, a não ser temporadas, pois a sua profissão era de comerciante, e, ao que parece, sempre bem sucedido. Morava junto à catedral de Santa Maria no caminho que levava à porta de ferro, mas tarde Arco de Nossa Senhora da Consolação. Esta casa tornou-se importante, pela criança que ali nasceu...

*Texto publicado por Frei Hugo D. Baggio, OFM. São Paulo: Ed. Loyola,1982.

Paróquia celebra missa para Catequistas e Catequisandos


Isa Oliveira
 A missa celebrada em especial para os Catequistas e Catequisandos, trouxe a importância da catequese na vida de todos nós. A homilia do Frei Carlos foi encima deste tema onde na oportunidade fez algumas críticas e explicações a respeito. Segundo o frei, os primeiros catequistas na vida de qualquer pessoa são os pais, pois tem um papel fundamental de nos ensinar a: amar, perdoar e respeitar o próximo, afinal os filhos têm em seus pais a imagem da sua vida futura, e são influenciados em suas atitudes.

Portanto a catequese é um complemento do que se aprende em casa, só que de uma forma mais intensa. Ao invés de termos os pais, temos os catequistas, que são responsáveis por transmitir os ensinamentos religiosos da nossa crença.
E eu sou muito grata aos meus catequistas, pois além de me passarem missão de vida, me ensinam a ver o mundo de uma forma que eu não conseguia ver. E de terem intensificado a minha crença em Deus e no Catolicismo.

Texto: Isa Oliveira (Crismanda)

sexta-feira, 2 de março de 2012

Reunião da Pastoral Familiar

·         O QUE É O ECC?
O Encontro de Casais com Cristo – ECC – é um serviço da Igreja, em favor
da evangelização das famílias. Procura construir o Reino de Deus, aqui e
agora, a partir da família, da comunidade paroquial, mostrando pistas para
que os casais se reencontrem com eles mesmos, com os filhos, com a
comunidade e, principalmente, com Cristo. Para isto, busca compreender o
que é "ser Igreja hoje" e de seu compromisso com a dignidade da pessoa
humana e com a Justiça Social.
A evangelização do matrimônio e da família é missão de toda a Igreja, em
que todos os fiéis devem cooperar segundo as próprias condições e
vocação. Deve partir do conceito exato de matrimônio e de família, à Luz
da Revelação, segundo o Magistério da Igreja (Orientações pastorais sobre
o matrimônio – CNBB Doc. Nº 12) (DN-pág. 13)

·         O ECC HOJE
O ECC atualmente é uma realidade no Brasil inteiro, de norte a
sul, de leste a oeste, estando presente e atuando em 223
(Arqui)Dioceses. Está estruturado nos 16 Regionais (divisão
geográfica da CNBB).
O ECC contribui de forma efetiva para que as famílias se
constituam como
“Igrejas Domésticas”,
“Formadoras de Pessoas”,
“Educadoras na Fé” e
“Promotoras do Desenvolvimento”,
tendo seu lugar insubstituível no anúncio e vivência do
Evangelho,
pois o “FUTURO DA HUMANIDADE PASSA PELA
FAMÍLIA”.

·         OBJETIVOS PASTORAIS DO ECC
O Encontro de Casais com Cristo – ECC - é um
SERVIÇO da Igreja para evangelizar a família,
primeiro núcleo de inculturação e da
evangelização, “Igreja Doméstica” e “santuário
da vida”, e para despertar os casais para as
pastorais paroquiais, devidamente integrados na
Pastoral de Conjunto da (Arqui)Diocese.

·         ESPÍRITO DO ECC
O ECC é um serviço-escola. Não é um movimento. Não visa prender a si os casais, nem
os casais devem querer ficar presos ao ECC. Apresenta-se como um “SERVIÇO DA
IGREJA ÀS FAMÍLIAS DA PARÓQUIA”. É essencialmente paroquial. Esta é a
característica fundamental. Pe. Alfonso Pastore chega a dizer que “quem lhe retirar essa
característica (paroquialidade) arranca-lhe a alma”. O ECC é feito de casais para casais.
É ainda um serviço que procura apresentar aos casais uma visão da Igreja, por meio de
seus Documentos e Encíclicas, e de sua Doutrina Social.
Espiritualidade - É a tônica do ECC e se fundamenta em 5 pontos básicos:
a) DOAÇÃO – essência da vida cristã;
b) POBREZA – atitude evangélica fundamental para se colher o Reino de Deus;
c) SIMPLICIDADE – atitude que se traduz num estilo simples, espontâneo e autêntico
no relacionamento com os outros.
d) ALEGRIA – nasce da certeza da vitória do bem e é experimentada no encontro, na
partilha, na doação, na comunhão com o outro.
e) ORAÇÃO – é uma relação pessoal do homem com Deus em Jesus Cristo.
Juntam-se as estes valores a FRATERNIDADE, a GRATUIDADE e a
MISSIONARIEDADE.
Fonte: http://www.ecc.conselhonacional.com.br/j/index.php?option=com_content
&view=article&id=128:espirito-do-ecc&catid=40:ecc&Itemid=65.

Curso de Formação para Ministros


Lumen Gentium
CAPÍTULO V A VOCAÇÃO DE TODOS À SANTIDADE NA IGREJA

Proêmio: chamamento universal à santidade
39. A nossa fé crê que a Igreja, cujo mistério o sagrado Concílio expõe, é
indefectivelmente santa. Com efeito, Cristo, Filho de Deus, que é com o Pai
e o Espírito ao único Santo» (120), amou a Igreja como esposa, entregou-
Se por ela, para a santificar (cfr. Ef. 5, 25-26) e uniu-a a Si como Seu
corpo, cumulando-a com o dom do Espírito Santo, para glória de. Deus.
Por isso, todos na Igreja, quer pertençam à Hierarquia quer por ela sejam
pastoreados, são chamados à santidade, segundo a palavra do Apóstolo:
«esta é a vontade de Deus, a vossa santificação» (1 Tess. 4,3; cfr. Ef. 1,4).
Esta santidade da Igreja incessantemente se manifesta, e deve manifestarse,
nos frutos da graça que o Espírito Santo produz nos fiéis; exprime-se
de muitas maneiras em cada um daqueles que, no seu estado de vida,
tendem à perfeição da caridade, com edificação do próximo; aparece dum
modo especial na prática dos conselhos chamados evangélicos. A prática
destes conselhos, abraçada sob a moção do Espírito Santo por muitos
cristãos, quer privadamente quer nas condições ou estados aprovados pela
Igreja, leva e deve levar ao mundo um admirável testemunho e exemplo
desta santidade.
Jesus, mestre e modelo
40. Jesus, mestre e modelo divino de toda a perfeição, pregou a santidade de vida,
de que Ele é autor e consumador, a todos e a cada um dos seus discípulos, de
qualquer condição: «sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito» (Mt. 5,48)
(121). A todos enviou o Espírito Santo, que os move interiormente a amarem a Deus
com todo o coração, com toda a alma, com todo o espírito e com todas as forças (cfr.
Mc. 12,30) e a amarem-se uns aos outros como Cristo os amou (cfr. Jo. 13,34;
15,12). Os seguidores de Cristo, chamados por Deus e justificados no Senhor Jesus,
não por merecimento próprio mas pela vontade e graça de Deus, são feitos, pelo
Baptismo da fé, verdadeiramente filhos e participantes da natureza divina e, por
conseguinte, realmente santos. É necessário, portanto, que, com o auxílio divino,
conservem e aperfeiçoem, vivendo-a, esta santidade que receberam. O Apóstolo
admoesta-os a que vivam acorro convém a santos» (Ef. 5,3), acorro eleitos e amados
de Deus, se revistam de entranhas de misericórdia, benignidade, humildade,
mansidão e paciência» (Col. 3,12) e alcancem os frutos do Espírito para a
santificação (cfr. Gál. 5,22; Rom. 6,22). E porque todos cometemos faltas em muitas
ocasiões (Tg. 3,2), precisamos constantemente. da misericórdia de Deus e todos os
dias devemos orar: «perdoai-nos as nossas ofensas» (Mt. 6,12) (122). É, pois, claro
a todos, que os cristãos de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da
vida cristã e à perfeição da caridade (123).
 Na própria sociedade terrena, esta santidade promove um modo de vida mais
humano. Para alcançar esta perfeição, empreguem os fiéis as forças recebidas
segundo a medida em que as dá Cristo, a fim de que, seguindo as Suas pisadas e
conformados à Sua imagem, obedecendo em tudo à vontade de Deus, se consagrem
com toda a alma à glória do Senhor e ao serviço do próximo. Assim crescerá em
frutos abundantes a santidade do Povo de Deus, como patentemente se manifesta na
história da Igreja, com a vida de tantos santos.
A santidade nos diversos estados
41. Nos vários géneros e ocupações da vida, é sempre a mesma a santidade que é
cultivada por aqueles que são conduzidos pelo Espírito de Deus e, obedientes à voz
do Pai, adorando em espírito e verdade a Deus Pai, seguem a Cristo pobre, humilde, e
levando a cruz, a fim de merecerem ser participantes da Sua glória. Cada um,
segundo os próprios dons e funções, deve progredir sem desfalecimentos pelo
caminho da fé viva, que estimula a esperança e que actua pela caridade.
 Em primeiro lugar, os pastores do rebanho de Cristo, à semelhança do sumo e
eterno sacerdote, pastor e bispo das nossas almas, desempenhem o próprio
ministério santamente e com alegria, com humildade e fortaleza; assim cumprido,
também para eles será o seu ministério um sublime meio de santificação.
Escolhidos para a plenitude do sacerdócio, receberam a graça sacramental para
que, orando, sacrificando e pregando, com toda a espécie de cuidados e serviços
episcopais, realizem a tarefa perfeita da caridade pastoral (124), sem hesitarem
em oferecer a vida pelas ovelhas e, feitos modelos do rebanho (cfr. 1 Ped. 5,3),
suscitem na Igreja, também com o seu exemplo, uma santidade cada vez maior.
Os presbíteros, à semelhança da ordem dos Bispos, de que são a coroa espiritual
(125), já que participam das suas funções por graça de Cristo, eterno e único
mediador, cresçam no amor de Deus e do próximo com o exercício do seu dever
quotidiano; guardem o vínculo da unidade sacerdotal, abundem em toda a espécie
de bens espirituais e dêem a todos vivo testemunho de Deus (126), tornando-se
émulos daqueles sacerdotes que no decorrer dos séculos, em serviço muitas vezes
humilde e escondido, nos deixaram magnífico exemplo de santidade. 
O seu louvor persevera na Igreja. Orando e oferecendo o sacrifício pelo próprio rebanho
e por todo o Povo de Deus, conforme é seu ofício, conscientes do que fazem e imitando
as realidades com que lidam (127), longe de serem impedidos pelos cuidados, perigos e
tribulações do apostolado, devem antes por eles elevar-se a uma santidade mais alta,
alimentando e afervorando a sua ação com a abundância da contemplação, para alegria
de toda a Igreja de Deus. Todos os presbíteros, e especialmente aqueles que por título
particular da sua ordenação são chamados sacerdotes diocesanos, lembrem-se de quanto
ajudam para a sua santificação a união fiel e a cooperação generosa com o próprio
Bispo.
Na missão de graça do sumo sacerdote, participam também de modo peculiar os
ministros de ordem inferior, e sobretudo os diáconos; servindo nos mistérios de Cristo e
da Igreja (128), devem conservar-se puros de todo o vício, agradar a Deus, atender a
toda a espécie de boas obras diante dos homens (cfr. 1 Tim. 3, 8-10. 12-13). Os clérigos
que, chamados pelo Senhor e separados a fim de ter parte com Ele, se preparam sob a
vigilância dos pastores para desempenhar os ofícios de ministros, procurem conformar
o coração e o espírito com tão magnífica eleição, sendo assíduos na oração e fervorosos
no amor, ocupando o pensamento com tudo o que é verdadeiro, justo e de boa
reputação, fazendo tudo para glória é honra de Deus. Destes se aproximam aqueles
leigos, que, escolhidos por Deus, são chamados pelos Bispos para se consagrarem
totalmente às atividades apostólicas e com muito fruto trabalham no campo do Senhor
(129).


Os esposos e pais cristãos devem, seguindo o seu caminho peculiar, amparar-se
mùtuamente na graça, com amor fiel, durante a vida inteira, e imbuir com a doutrina
cristã e as virtudes evangélicas a prole que amorosamente receberam de Deus. Dão
assim a todos exemplo de amor incansável e generoso, edificam a comunidade
fraterna e são testemunhas e cooperadores da fecundidade da Igreja, nossa mãe, em
sinal e participação daquele amor, com que Cristo amou a Sua esposa e por ela Se
entregou (130). Exemplo semelhante é dado, mas de outro modo, pelas pessoas
viúvas ou celibatárias, que muito podem concorrer para a santidade e acção da Igreja.
Aqueles que se ocupam em trabalhos muitas vezes duros, devem, através das tarefas
humanas, aperfeiçoar-se a si mesmos, ajudar os seus concidadãos, fazer progredir a
sociedade e toda a criação; e, ainda, imitando com operosa caridade a Cristo, cujas
mãos se exercitaram em trabalhos de operário e, em união com o Pai, continuamente
actua para a salvação de todos; alegres na esperança, levando os fardos uns dos
outros, subam com o próprio trabalho quotidiano a uma santidade mais alta, também
ela apostólica.
Todos quantos se vêem oprimidos pela pobreza, pela fraqueza, pela doença ou
tribulações várias, e os que sofrem perseguição por amor da justiça, saibam que estão
unidos, de modo especial, a Cristo nos seus sofrimentos pela salvação do mundo; o
Senhor, no Evangelho, proclamou-os bem-aventurados e «o Deus... de toda a graça,
que nos chamou à Sua eterna glória em Cristo Jesus, depois de sofrerem um pouco,
os há-de restabelecer, confirmar e consolidar» (1 Ped. 5,10). 
Todos os fiéis se santificarão cada dia mais nas condições, tarefas e circunstâncias da
própria vida e através de todas elas, se receberem tudo com fé da mão do Pai celeste
e cooperarem com a divina vontade, manifestando a todos, na própria actividade
temporal, a caridade com que Deus amou o mundo.
A caridade. O martírio. Os conselhos evangélicos. A santidade no próprio estado
42. «Deus é caridade e quem permanece na caridade, permanece em Deus e Deus
nele» (1 Jo. 4,16). Ora, Deus difundiu a sua caridade nos nossos corações, por meio
do Espírito Santo, que nos foi dado (cfr. Rom. 5,5). Sendo assim, o primeiro e mais
necessário dom é a caridade, com que amamos a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo por amor d'Ele. Para que esta caridade, como boa semente, cresça e
frutifique na alma, cada fiel deve ouvir de bom grado a palavra de Deus, e cumprir,
com a ajuda da graça, a Sua vontade, participar frequentemente nos sacramentos,
sobretudo na Eucaristia, e nas funções sagrarias, dando-se continuamente à oração, à
abnegação de si mesmo, ao serviço efectivo de seus irmãos e a toda a espécie de
virtude; pois a caridade, vínculo da perfeição e plenitude da lei (cfr. Col. 3,14; Rom.
13,10), é que dirige todos os meios de santificação, os informa e leva a seu fim (131).
E, pois, pela caridade para com Deus e o próximo que se caracteriza o verdadeiro
discípulo de Cristo.
Como Jesus, Filho de Deus, manifestou o Seu amor dando a vida por nós, assim
ninguém dá maior prova de amor do que aquele que oferece a própria vida por Ele e por
seus irmãos (cfr. 1 Jo. 3,16; Jo. 15,13). Desde os primeiros tempos, e sempre assim
continuará a suceder, alguns cristãos foram chamados a dar este máximo testemunho de
amor diante de todos, e especialmente perante os perseguidores. Por esta razão, o
martírio, pelo qual o discípulo se torna semelhante ao mestre, que livremente aceitou a
morte para salvação do mundo, e a Ele se conforma no derramamento do sangue, é
considerado pela Igreja como um dom insigne e prova suprema de amor. E embora seja
concedido a poucos, todos, porém, devem estar dispostos a confessar a Cristo diante dos
homens e a segui-l'O no caminho da cruz em meio das perseguições que nunca faltarão
à Igreja.
A santidade da Igreja é também especialmente favorecida pelos múltiplos conselhos que
o Senhor propõe no Evangelho aos Seus discípulos (132). Entre eles sobressai o de,
com o coração mais facilmente indiviso (cfr. 1 Cor. 7, 32-34), se consagrarem só a
Deus, na virgindade ou no celibato, dom da graça divina que o Pai concede a alguns
(cfr. Mt. 19,11; 1 Cor. 7,7) (133). Esta continência perfeita, abraçada pelo reino dos
céus, foi sempre tida em grande estima pela Igreja, como sinal e incentivo do amor e
ainda como fonte privilegiada de fecundidade espiritual no mundo.
 A Igreja recorda-se também da recomendação com que o Apóstolo, incitando os fiéis
à caridade, os exorta a ter sentimentos semelhantes aos de Jesus Cristo, o qual «Se
despojou a Si próprio, tomando a condição de escravo... feito obediente até à morte
(Fil. 2, 7-8) e, «sendo rico, por nós Se fez pobre» (2 Cor. 8,9). Sendo necessário que
sempre e em todo o tempo os discípulos imitem esta caridade e humildade de Cristo, e
delas dêem testemunho, a mãe Igreja alegra-se de encontrar no seu seio muitos
homens e mulheres que seguem mais de perto o abatimento do Salvador e mais
claramente o manifestam, abraçando a pobreza na liberdade dos filhos de Deus e
renunciando às próprias vontades: em matéria de perfeição, sujeitam-se, por amor de
Deus, ao homem, para além do que é de obrigação, a fim de mais plenamente se
conformarem a Cristo obediente (134).
Todos os cristãos são, pois, chamados e obrigados a tender à santidade e perfeição do
próprio estado. Procurem, por isso, ordenar rectamente os próprios afectos, para não
serem impedidos de avançar na perfeição da caridade pelo uso das coisas terrenas e
pelo apego às riquezas, em oposição ao espírito da pobreza evangélica, segundo o
conselho do Apóstolo: os que usam no mundo, façam-no como se dele não usassem,
pois é transitório o cenário deste mundo (1 Cor. 7,31 gr.) (135).
6.1.5 Os apóstolos e os santos
273. Também os apóstolos de Jesus e os santos marcaram
a espiritualidade e o estilo de vida de nossas Igrejas. Suas vidas
são lugares privilegiados de encontro com Jesus Cristo. Seu testemunho
se mantém vigente e seus ensinamentos inspiram o
ser e ação das comunidades cristãs do Continente. Entre eles,
Pedro o apóstolo, a quem Jesus confiou a missão de confirmar a
fé de seus irmãos (cf. Lc 22,31-32), os ajuda a estreitar o vínculo
de comunhão com o Papa, seu sucessor, e a buscar em Jesus
as palavras de vida eterna. Paulo, o evangelizador incansável,
lhes indicou o caminho da audácia missionária e a vontade de
se aproximar de cada realidade cultural com a Boa Nova da salvação.
João, o discípulo amado do Senhor, lhes revelou a força
transformadora do mandamento novo e a fecundidade de permanecer
em seu amor.
 274. Nossos povos nutrem carinho e especial devoção por José, esposo de Maria, homem
justo, fiel e generoso que sabe perder-se para se achar no mistério do Filho. São José, o
silencioso mestre, fascina, atrai e ensina, não com palavras mas com o resplandecente
testemunho de suas virtudes e de sua firme simplicidade.
275. Nossas comunidades levam o selo dos apóstolos e, além disso, reconhecem o
testemunho cristão de tantos homens e mulheres que espalharam em nossa geografia as
sementes do Evangelho, vivendo valentemente sua fé, inclusive derramando seu sangue
como mártires. Seu exemplo de vida e santidade constitui um presente precioso para o
caminho cristão dos latinoamericanos
e, simultaneamente, um estímulo para imitar suas virtudes nas novas
expressões culturais da história. Com a paixão de seu amor a Jesus Cristo, foram membros
ativos e missionários em sua comunidade eclesial. Com valentia, perseveraram na
promoção dos direitos das pessoas, foram perspicazes no discernimento crítico da realidade
à luz do ensino social da Igreja e críveis pelo testemunho coerente de suas vidas. Nós,
cristãos de hoje, acolhemos sua herança e nos sentimos chamados a continuar com
renovado ardor apostólico e missionário o estilo evangélico de vida que nos transmitiram.


quinta-feira, 1 de março de 2012

Crônica das Corujas

Crônica sobre as corujas


   Por muitos anos, no pátio de nossa Paróquia, encontra-se uma casa muito diferente. Uma pequena habitação, simples, aconchegante e “familiar”, que deseja ser para nós um exemplo de “Família”, “Igreja Doméstica”. As corujas são parte integrante de nossa comunidade paroquial e dentro da espiritualidade de São Francisco é continuidade do carisma do Santo de Assis, em louvar o Criador por todas as suas criaturas. Seu exemplo de vida é para nós, exemplo de como conduzir uma família. 
São cinco gerações que por aqui passaram dessas aves, símbolo de sabedoria, do conhecimento, da filosofia, e que muito deixam de ensinamento para cada um e cada uma de nós, pais, mães, filhos, filhas, netos, avós. 
    Em 2010 nasceram cinco filhotes e quando estes já conseguiam sobreviver por conta própria, eram instigados a partir para outros lugares, a fim de se fortalecerem e constituírem suas próprias famílias. Ficaram os pais para continuarem com a tradição da “família”. Neste ano de 2011, nasceram três filhotes que conviveram conosco, entre as crianças da catequese, os casais, e os mais maduros dos grupos de oração.           Porém, em maio deste ano, uma coruja foi atropelada e morreu, e restou à que ficou encontrar um novo parceiro e dar continuidade à sua vida. O destino, então, reservava outra surpresa. De solidão, talvez, a coruja que ficou no lar criado por cinco gerações, sentindo-se sozinha e desolada sem a presença dos filhotes, que já haviam partido para novas terras, morre, ao lado da entrada de sua toca. O dia fica triste, as tardes no pátio da paróquia perderam sua alegria, e até mesmo o cantar das corujas calaram por um longo tempo. Será o fim da “família” das corujas? Quando numa manhã de junho aparece esplendorosa, sobre o cume do Salão José Sullivam, duas corujas, com certeza, os filhotes criados pelos pais falecidos, que carinhosamente continuam a tradição da família coruja. Assim, o que fica para nós deste relato? Nós devemos pegar o exemplo das corujas e sermos mais solidários e continuadores da missão confiada por   Deus a cada um de nós. Olhemos a partir de agora a família coruja com novos olhos e saibamos tirar exemplos de vida para nossas famílias, nestes tempos onde a instituição familiar está sendo bombardeada por todos os lados e os valores essenciais para a “Igreja doméstica” são deixados de lado. 

Que a Sagrada Família interceda por nossas famílias. 



Frei Carlos Antônio da Silva, OFM.

Comentário do evangelho de Domingo dia 04 de Março - Transfiguração

A Transfiguração:

    Jesus terminando sua missão na Galileia começou a sua caminhada para Jerusalém que é o ponto central do evangelho de S. Marcos . É o lugar onde Jesus é reconhecido na cruz, “este é verdadeiramente o filho de Deus”. (Mc15,39) S. Paulo disse que ele foi obediente até a morte, e morte na cruz. (Fl2,8)
Caminhando para lá, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João para uma montanha alta e transfigurou diante deles. Até agora há muito discussão entre os estudiosos sobre a montanha, Tabor ou Hermon sem chegar a uma conclusão. Ninguém sabe com certeza o que aconteceu. A roupa de Jesus teve um brilho ofuscante. Isto nos lembra de São Paulo relatando sua visão no caminho a Damasco. Ele viu uma luz ofuscante e ouviu uma voz.(At.9,3) Pela expressão em grego muitos interpretam como a manifestação da glória de Deus na pessoa de Jesus.. E este caso poderia ser o mesmo.
     Aí apareceram Moisés e Elias conversando com Jesus. As duas personagens eram consideradas os mais importantes na história de Israel. Elias era tido como o maior profeta e Moisés o fundador da nação. Moisés deu a lei que formou e moldou o povo no deserto. O que eles estavam conversando ninguém sabe. Mas podemos supor que os dois estavam apoiando Jesus na sua decisão de ir a Jerusalém, e confirmando Jesus como a realização dos profetas e a lei.
    E logo em seguida uma nuvem os envolveu. Os judeus pensavam que Deus frequentemente se manifestava numa nuvem. Foi na nuvem que Moisés encontrou com Deus. Foi na nuvem que Deus chegou no Tabernáculo. O Filho do Homem do Livro de Daniel voltará numa nuvem. E os Judeus acreditavam que quando o Messias vier Deus voltará ao templo numa nuvem. E surpreendentemente eles não entenderam o sinal e nem a voz que saiu da nuvem confirmando quem era Jesus. O próprio Deus deu a sua aprovação, “este é o meu filho amado. Escutai o”. (Mc.9,7) 
E descendo a montanha Jesus pediu silêncio a respeito da visão e começou a falar sobre a sua morte e ressurreição. E eles não entenderam ou não queriam entender, e parece que nunca entenderiam as palavras de Jesus. A leitura dos acontecimentos era uma clara indicação que não estavam em sintonia com Jesus e eram cegos. Percebemos que há uma cegueira e falta de abertura para o diferente. O homem só entende as coisas a partir de suas próprias experiências, expetativas e preconceitos. Sua esperança era que o Messias ia chegar com poder e glória para impor o seu reino e restaurar o poder político de Israel. Que choque de ideias!!! A proposta de Jesus era o oposto.
    O caminho de glória envolve a cruz. É na cruz que Deus revelou o seu amor e misericórdia para todos, especialmente os excluídos e injustiçados. E hoje a cruz deveria ser sinal de protesto contra a injustiça, marginalização e tudo que fere a vida do homem. O discípulo de Jesus é aquele que pega sua cruz e o segue. (Mt.16,24)


Frei Donald Chin - Vigário Paroquial

Programação da Semana Santa 2012



PROGRAMAÇÃO PARA A SEMANA SANTA
PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS



30 de março - Mutirão de confissões
· Local: Matriz                  Horário: 19 horas

Domingo de Ramos - 1º de Abril
Missas:
·                    Matriz – 07 horas (Com Procissão de Ramos saindo da Capela Santo Antonio às 07 horas da manhã, seguida de missa na Matriz).
·                    Matriz – 09 horas (Missa com as crianças e família. Concentração na Praça São Francisco e procissão até a Matriz).
·                    19 horas: Missa na Matriz
OBS: A benção dos ramos acontece somente nas missas que acontecem até o meio-dia.

·                    Comunidade Sant’Ana e Nossa Senhora Aparecida
Horário: 08 horas -Procissão saindo da Praça da 262 (Praça da Feira) seguida de missa na Comunidade Sant’Ana.

Comunidades Santa Luzia e Nossa Senhora de Guadalupe
·                    Horário: 08 horas - Procissão saindo da Praça da Rua 04 seguida de missa na Capela Santa Luzia)

Comunidade Santa Clara
·                    Horário: 08 horas - Procissão saindo do Parque Flamboyant seguida de missa na Comunidade.

Segunda-feira Santa – 02 de abril
·                    Celebração penitencial às 19 horas
Local: Capela San Damiano – Matriz

Terça-feira Santa – 03 de abril
·                    Missas e devoções a Santo Antônio às 15h30 e 19 horas
Local: Capela Santo Antônio

Quarta-Feira Santa - 04 de abril
·                    Procissão do Encontro – 19 horas
Homens saindo da Capela Santo Antonio e Mulheres da Capela Nossa Senhora de Guadalupe, seguida de missa na Matriz às 20 horas.
  

Quinta-feira Santa 05 de abril – Instituição da Eucaristia
·                    Missa dos santos óleos – 09 horas
Local: Santuário Basílica do Divino Pai Eterno - Trindade
·                    Missas às 19h30
Comunidades Matriz, Santa Luzia, Sant’Ana e Santa Clara (Seguidas de adoração ao santíssimo até a meia-noite)

Sexta-feira da Paixão – 6 de abril
·                    Liturgia da Paixão e Morte do Senhor – 15 horas
Comunidades Matriz, Santa Luzia, Sant’Ana e Santa Clara
·                    Encenação da Paixão do Senhor
Matriz – 19 horas

Sábado de Aleluia – 07 de abril
·                    Vigília Pascal – 20 horas
Comunidades Matriz, Santa Luzia, Sant’Ana e Santa Clara

Domingo de Páscoa - 08 de abril
Missas:
·                    Matriz: 07, 09 e 19 horas
·                    Nossa Senhora Aparecida: 08h30
·                    Nossa Senhora de Guadalupe: 09h00
·                    Sant’Ana: 10h00
·                    Santo Antônio: 17 horas
·                    Santa Luzia: 18h30
·                    Santa Clara: 19 horas