quinta-feira, 15 de março de 2012

1º Dia da Trezena de terças-feiras em louvor a Santo Antônio



                   


           LISBOA DO SÉCULO XII  
Interessa a nós que queremos nos ocupar com Santo Antônio de Lisboa, a cidade dos fins do século XII que há muitos séculos nascera às margens do rio Tejo. Naquela altura da história não era ela ainda capital de Portugal, nem nela morava o rei com sua corte, mas era uma povoação rica e populosa. Bem situada geograficamente, povoada por gente audaciosa vinda de todas as partes, torna-se próspera e procurada, desenvolvendo o comercio e a ciência.
Muito sofrera com as invasões e incursões de inimigos, como a dos mouros que a dominaram por quatro séculos, ate que o rei Afonso Henriques assumi o poder, no ano de 1147. E foram surgindo as muralhas, as fortificações e as igrejas, como a catedral de Santa Maria, a cujos pés nasceria Santo Antônio. Surgiram assim os nobres e os senhores, os ricos e faustosos castelos, o barulho e o comércio, com suas facilidades e problemas, as classes pobres e indigentes, marcando as diferenças e reclamando soluções de todos quantos sofrem os problemas de uma geração.
Dentre as famílias, destacamos as de Martim de Bulhões e Teresa Taveira, pelas crônicas esta família destaca-se com o herói das cruzadas, Godofredo de Bulhões, que em Portugal estivera quando da retomada de Lisboa aos mouros. Mas Martim de Bulhões não vivia como cavaleiro, a não ser temporadas, pois a sua profissão era de comerciante, e, ao que parece, sempre bem sucedido. Morava junto à catedral de Santa Maria no caminho que levava à porta de ferro, mas tarde Arco de Nossa Senhora da Consolação. Esta casa tornou-se importante, pela criança que ali nasceu...

*Texto publicado por Frei Hugo D. Baggio, OFM. São Paulo: Ed. Loyola,1982.

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