sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Jesus foi tentado pelo demônio no deserto


Logo após ter sido batizado por João no rio Jordão, Jesus passou 40 dias no deserto.  Esse retiro de Jesus mostra a necessidade que Ele teve em se preparar para a missão que O esperava.  Contam os Evangelhos que no deserto Jesus era conduzido pelo Espírito, o que quer significar que vivia em oração e recolhimento, discernindo a vontade de Deus para Sua vida e como atuaria a partir de então. No tempo que passou no deserto Jesus teve uma profunda experiência de encontro com o Pai.  E, tendo vivido intensamente esse encontro, foi tentado pelo diabo.

As tentações que Jesus viveu – e venceu! – nos são apresentadas como aquelas que também nós vivemos e precisamos vencer.  Jesus havia experimentado o encontro com o Pai em sua totalidade, no silêncio e na solidão do deserto.  Estava, pois, cheio do Espírito que Lhe revelava o amor incondicional do Pai e a dimensão inimaginável do poder desse amor se o vivermos em sua plenitude. 

O diabo tenta Jesus nas coisas simples, nas vontades mais básicas: a saciedade da fome, o desejo de poder e riqueza, no querer ser superior a tudo e a todos.  Sentimentos que todos – homens e mulheres – carregamos em nossos corações.  Sentimentos que não são ilícitos se canalizados para os seus devidos fins, mas cuja linha que separa o bom do mau fim é tão tênue que só a vida no Espírito é capaz de reconhecer e não nos deixar escapar.

Foi por ser plasmado no Espírito, configurado pelo Revelador, que Jesus pode resistir às tentações que o diabo lhe apresentou.  Diabo que não é uma figura lendária, mas o desejo que existe dentro do nosso próprio coração e que existiu dentro do coração daquele que era Deus, mas que foi homem em plenitude.  Porém, a divindade que existia em Jesus venceu a humanidade e conseguiu, assim, superar o Mal.
Da experiência no deserto certamente Jesus carregou consigo a certeza de que muito facilmente o Mal nos invade e estraga o que Deus planeja para cada um.  A certeza de que Ele era apenas o Filho e não o Pai, e que, enquanto Filho, cabia-Lhe a missão de levar o amor do Pai a cada um de seus irmãos terrenos.  A certeza de que a vivência no Espírito é a salvação para um mundo cuja oferta de valores diverge em muito daquilo que o Pai oferece.  A certeza de que são necessários muitos outros desertos para que se possa tomar o distanciamento, para que se possa ver com os olhos da alma e os olhos de Deus, para que se possa sentir o calor do Espírito no coração, para, então, enfrentar a missão e poder ser testemunho vivo do Senhor.

Fonte: http://amaivos.uol.com.br

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