O acidente que provocou a morte de cinco agentes da Polícia
Civil, Jorge Moreira (titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e
Roubos de Cargas), Antônio Gonçalves (superintendente da Polícia Judiciária e paroquiano da Paróquia São Francisco de Assis),
Osvalmir Carrasco (chefe do Grupo Aeropolicial, que pilotava o helicóptero),
Vinícius Batista (titular da Delegacia de Iporá e responsável pelo inquérito da
chacina) e Bruno Carneiro (chefe-adjunto do Grupo Aeropolicial e co-piloto), e
de dois peritos, os primos Fabiano de Paula Silva, lotado em Iporá, e Marcel de
Paula Oliveira, lotado em Quirinópolis, aconteceu na zona rural, a 25 km do município da Piranhas, quando a aeronave retornava para a capital. Na queda, o helicóptero modelo AW 119 Koala explodiu e caiu na fazenda Afonso Junqueira, no bairro Indaiá, por volta das 15h40. Segundo relato de peões da região, a aeronave teria rodopiado. Assim que caiu, houve a explosão. Entre as vítimas, alguns corpos ficaram carbonizados e decapitados.
Investigações
As causas do acidente deverão ser esclarecidas pelos
investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(Cenipa), que chegou ao local do acidente no fim desta manhã. Aeronaves
sobrevoam a região da Fazenda do Boi, no município de Piranhas, em busca de
mais destroços.
O gerente de Operações da Polícia Civil, Carlos Roberto Teixeira,
afirmou que a aeronave estava com o tanque cheio o suficiente para a viagem de
volta para Goiânia. Pela localização dos destroços, o helicóptero caiu cerca de
15 minutos depois de decolar. “Provavelmente, se tivesse apresentando algum
defeito, não estaria voando”, observa.
A delegada-geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi, afirmou, que falha mecânica é a provável causa da queda. A
delegada também descartou a possibilidade de que Aparecido Souza Alves, de 22
anos, suspeito da chacina e que também estava na aeronave, tenha se rebelado e
provocado a queda. “O preso ia
totalmente algemado, pés e braços. O cinto de segurança é de difícil retirada.
Ele estava sendo seguro pelos delegados, não tinha como ele ter contato algum
com os pilotos. Realmente, não considero essa hipótese”, enfatiza Adriana
Accorsi.
Reconstituição
A Polícia Civil de Goiás havia retomado na manhã desta
terça-feira a reconstituição da chacina. O crime aconteceu no dia 28 de abril,
em uma fazenda onde sete pessoas morreram degoladas.O superintendente da
Polícia Judiciária em Goiás, o delegado Antônio Gonçalves, e o delegado de
Doverlândia, Vinícius da Silva, estavam responsáveis por conduzir o segundo dia
dos trabalhos de reprodução simulada dos fatos. Mas apesar da tragédia, a
Secretaria de Segurança Pública de Goiás informou que as investigações da
chacina continuarão.
Luto!