terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Hino e Oração - CF 2017

Hino da Campanha da Fraternidade 2017

Confira o hino da Campanha da Fraternidade 2017 que foi escrito pelo Padre José Antônio de Oliveira e música de Wanderson Luiz Freitas.

Confira o hino completo com a cifra.


01 – Louvado seja, ó Senhor, pela mãe terra,
que nos acolhe, nos alegra e dá o pão (cf. LS, n.1)
Queremos ser os teus parceiros na tarefa
de “cultivar e bem guardar a criação.”

Refrão:
Da Amazônia até os Pampas,
do Cerrado aos Manguezais,

chegue a ti o nosso canto
pela vida e pela paz (2x)

02 – Vendo a riqueza dos biomas que criaste,
feliz disseste: tudo é belo, tudo é bom!
E pra cuidar a tua obra nos chamaste
a preservar e cultivar tão grande dom (cf. Gn 1-2).

03 – Por toda a costa do país espalhas vida;
São muitos rostos – da Caatinga ao Pantanal:
Negros e índios, camponeses: gente linda,
lutando juntos por um mundo mais igual.

04 – Senhor, agora nos conduzes ao deserto
e, então nos falas, com carinho, ao coração (cf. Os 2.16),
pra nos mostrar que somos povos tão diversos,
mas um só Deus nos faz pulsar o coração.

05 – Se contemplamos essa “mãe” com reverência,
não com olhares de ganância ou ambição,
o consumismo, o desperdício, a indiferença
se tornam luta, compromisso e proteção (cf LS, n.207).

06 – Que entre nós cresça uma nova ecologia (cf LS, cap.IV),
onde a pessoa, a natureza, a vida, enfim,
possam cantar na mais perfeita sinfonia
ao Criador que faz da terra o seu jardim.


Oração da Campanha da Fraternidade 2017

Deus, nosso Pai e Senhor,
nós vos louvamos e bendizemos,
por vossa infinita bondade.

Criastes o universo com sabedoria
e o entregastes em nossas frágeis mãos
para que dele cuidemos com carinho e amor.

Ajudai-nos a ser responsáveis e zelosos pela
Casa Comum.
Cresça, em nosso imenso Brasil,
o desejo e o empenho de cuidar mais e mais
da vida das pessoas,
e da beleza e riqueza da criação,
alimentando o sonho do novo céu e da nova terra
que prometestes.

Amém!

Fonte: Campanha da Fraternidade 2017

Campanha da Fraternidade 2017

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou o texto-base da Campanha da Fraternidade (CF) de 2017. Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15), a iniciativa alerta para o cuidado da criação, de modo especial dos biomas brasileiros.

Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta é dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.

Ainda de acordo com o bispo, a Campanha deseja, antes de tudo, que o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. “Cultivar e guardar nasce da admiração! A beleza que toma o coração faz com que nos inclinemos com reverência diante da criação. A campanha deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. Tocados pela magnanimidade e bondade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar e a guardar”, salienta.

Além de abordar a realidade dos biomas brasileiros e as pessoas que neles moram, a Campanha deseja despertar as famílias, comunidades e pessoas de boa vontade para o cuidado e o cultivo da Casa Comum. Para ajudar nas reflexões sobre a temática são propostos subsídios, sendo o texto-base o principal.

Dividido em quatro capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, o texto-base faz uma abordagem dos biomas existentes, suas características e contribuições eclesiais. Também traz reflexões sobre os biomas e os povos originários, sob a perspectiva de São João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha 2017. 

Cartaz 
Para colocar em evidência a beleza natural do país, identificando os seis biomas brasileiros, o Cartaz da CF 2017 mostra o mapa do Brasil, em imagens características de cada região. Compõem também o cenário, como personagens principais, os povos originários; os pescadores e o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, acontecido há 299 anos. Além da riqueza dos biomas, o cartaz quer expressar o alerta para os perigos da devastação em curso, além de despertar a atenção de toda a população para a criação de Deus.


Fonte: CNBB

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Campanha da Fraternidade 2016: Entrevista com frei Flávio Nolêto

Nesta semana, em que se aproxima a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, que tem como tema “Casa comum, nossa responsabilidade”, o SITE-OFM conversou com frei Flávio Noleto.

     Frei Flávio Nolêto, religioso irmão, fez seu noviciado na Ordem dos Frades Menores, Província do Santíssimo Nome de Jesus, em 1.990, professando os votos solenes em 1.996. Doutor em educação, cursou filosofia e teologia, é professor na Faculdade Católica de Anápolis. No último Capítulo Provincial (4 a 8 de janeiro de 2016), foi eleito Definidor e continuará coordenador geral da Rede Educacional Franciscana. Acompanhe nossa entrevista:

SITE-OFM: “Casa comum, nossa responsabilidade”: o que esta frase quer dizer para nós?

Frei Flávio: Deus nos criou para o convívio fraterno, vivência no paraíso terrestre que ele nos deixou para zelar, cuidar e amar a mãe erra e tudo que nos rodeia. Precisamos viver nesta casa comum que é o planeta Terra, que muito nos oferece de belezas naturais, alimentos, ar que respiramos, fogo que nos aquece, luz que nos alumina e a escuridão que nos favorece o descanso para no outro dia recomeçarmos sob a luz de nosso Deus. É importante nos sentirmos responsáveis por tudo que nos cerca, pois fomos criados a imagem e semelhança de Deus para dar continuidade à obra da criação.

SITE-OFM: Quais contribuições a Igreja, a Escola, a Rádio podem dar para a construção da cidadania em relação ao meio ambiente?

Frei Flávio: Nossa contribuição se torna grande quando cada um faz seu serviço com dedicação, amor e fé. A Igreja é nossa mãe e nos orienta como seguir Jesus Cristo e praticar os mandamentos que Deus nos deixou. Construir o Reino de Deus implica muitas ações em favor do cidadão, respeito pelas diferenças e anúncio da paz. Nossas escolas franciscanas têm como missão a vivência da cidadania, práticas dos valores humanos e lugar de fé, pois acreditamos que não basta formar as pessoas com conteúdos científicos, é necessário ensinar e aprender questões práticas da vida, do convívio, da solidariedade e relação com o meio ambiente. Os meios de comunicação são o lugar e o espaço privilegiado para divulgar e propagar a mensagem cristã de que Jesus Cristo sempre desejou um convívio humanizado e de amor aos mais pobres e sofredores. O tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica é essencial para que nossas rádios favoreçam o debate e o diálogo entre as diversas denominações de fé para, juntos, promovermos uma cidadania com o povo. E isso a Fundação Frei João Batista Vogel faz com o Projeto Cidadania na Praça, ao atender diversas pessoas com as parcerias nas áreas da saúde, educação, direito, música, lazer, assistência social etc. Somos sementes do reino que evangeliza ao modo de São Francisco de Assis, unindo Igreja, Escola e rádios, pois o povo tem sede de Deus e nos sentimos obrigados a continuar a mensagem de Francisco de Assis, que diz: “O Amor não é amado e a felicidade assim não se pode chegar. É preciso voltar a Jesus, o amor que eu quero amar.”. Ou seja, o amor de Deus está nos irmãos que precisamos abraçar no caminho da vida. Deus nos mostra os leprosos da sociedade, pois nossa casa comum está enferma e sofredora, requer que nossas mãos sejam estendidas para acolher e abraçar os atuais leprosos da sociedade.

SITE-OFM: Como o jovem pode se comprometer na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, frente a tantos problemas de ordem econômica, social, de justiça, educação para todos, como estamos passando no momento?

Frei Flávio: Os jovens precisam se sentir chamados para transformar este mundo. Precisam ter abertura para fazer a paz e o bem, pois ficar com os braços cruzados é sinal de omissão. Jesus chama cada um pelo nome para ser profeta de um novo Reino, onde cada pessoa se sinta comprometida com um mundo de justiça, fazendo o bem sem olhar a quem. Reconhecer que somos pobres, fracos e sofredores e unir as mãos para trabalhar no bem, implica sensibilidade para ver a dor do próximo, coragem para servir e conversão, fruto da oração e escuta atenta a Deus que fala nas dores econômicas que o povo sofre, nas injustiças que nos cerca e no interesse social pelos pobres, doentes e oprimidos.

SITE-OFM: A CF-2016 é ecumênica. Que sugestões de atividades podem os grupos de jovens de diferentes Igrejas cristãs trabalharem a partir da CF-2016?

Frei Flávio: A primeira sugestão é o diálogo. Depois, o encontro com os sofredores, o interesse pelos pobres e a busca da paz.  Tudo isso se faz de forma organizada, orante e com ações concretas na ajuda aos pobres, aos sofredores e aos fracos.  Quem deseja fazer isso, encontrará os subsídios no Manual da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016.

Frei Ronildo, ofm (pelo SITE-OFM)

Fonte: OFM Goiás 

Tunísia: o coração da Igreja no ritmo do povo



Padre Lhernould: “a liberdade que conquistamos é real”

 “A Igreja é para o povo, seus corações devem bater num mesmo ritmo”: quem diz é o vigário geral da arquidiocese da Tunísia, padre Nicolas Lhernould. Lembrando do Natal recentemente comemorado, “as igrejas estavam repletas” – a despeito de um atentado ocorrido no centro da capital, algumas semanas antes. Muitos amigos tunisianos vieram por curiosidade, para ver como festejamos o Natal”. Algo talvez surpreendente, considerando o que se passava na Líbia ou na Argélia, há apenas algumas dezenas de quilômetros. Na Tunísia, diz o padre Lhernould, “a situação dos cristãos é boa; não há tensões interreligiosas. As preocupações dizem respeito a todo o povo: segurança, a economia”. Mesmo assim, quando se inflamam novos protestos, motivados pela pobreza que assola principalmente as regiões interiores do país, é preciso estar atento para não se deixar seduzir pelos discursos sectários.

 A Igreja tunisiana está “à escuta de Deus e do país”, para entender como atuar nas periferias. Muita coisa mudou desde os anos 70, quando os religiosos eram convidados para os projetos de desenvolvimento educacionais e sanitários; hoje o cenário mudou e as demandas são outras. Mas o “pequeno rebanho” de católicos da Tunísia não está de modo algum acomodado. É uma igreja de imigrantes quase em sua totalidade, originados de cerca de 80 países; mas de forma alguma uma igreja de “estrangeiros”. “Consideramo-nos uma igreja de cidadãos” – enfatiza padre Lhernould -.

“Ser um cidadão não significa ter passaporte tunisiano, mas sim ser visto pelos demais tunisianos como verdadeiro membro desta sociedade”.

 Nos tantos casamentos mistos, as mulheres católicas “vivem na linha de frente os reais desafios ao diálogo e à educação dos filhos”. As dez escolas católicas do país “não são escolas para a comunidade cristã. São administradas por religiosos, mas seguem currículos definidos pelo Estado e têm uma maioria de alunos muçulmanos”. Há obras de caridade desenvolvidas em cooperação com associações muçulmanas, como o projeto de assistência a portadores de deficiências ou o de suporte a mães e gestantes adolescentes. “Estas ações conjuntas são preciosas, viabilizam grandes progressos”.

 Um provérbio tunisiano diz: “não escolha sua casa, escolha antes seus vizinhos”. “A convivência verdadeira entre as pessoas produz respeito e confiança. Esse é nosso verdadeiro tesouro. Mostramos com nossas vidas que, contrariamente aos discursos sectários, podemos trabalhar juntos pelo humano”, diz o padre Lhernould.

 Mesmo os atentados do ano passado não foram capazes de abalar essa confiança. “Muitos muçulmanos nos procuraram nas igrejas para pedir perdão. Se essa atitude parece estranha ao ocidente, na Tunísia não o é; a hospitalidade é algo sagrado para o tunisiano – quando se hospeda alguém, assume-se perante Deus a responsabilidade pelo bem-estar daquele hóspede”. Por essa razão é importante “não morder a isca do terrorismo”, completa. Os desafios políticos são internos às facções islâmicas, e não podem ser confundidos com uma oposição entre religiões ou entre ocidente e oriente. “Tanto isso é verdade que se torna cada vez mais comum que líderes muçulmanos nos convidem, Igreja, para participar dos debates e reflexões acerca destes desafios que eles enfrentam hoje – para que testemunhemos como nossa história e nossa vivência como lidamos com os mesmos desafios”.

 A nova Constituição do país – que entrou em vigor em 27 de janeiro de 2014 – busca exprimir esse equilíbrio: ao mesmo tempo que estabelece o Islã como religião oficial do Estado, protege a “liberdade de crença, de consciência e de culto”, e assegura a igualdade de homens e mulheres perante a lei. Mas, ressalta padre Lhernould, “se o direito foi capaz de promover essa revolução, no âmbito da cultura as mudanças ainda levarão tempo. Serão necessárias talvez algumas gerações para que estas conquistas se sedimentem na cultura.

“O Domingo da Misericórdia é uma ocasião especial para uma sociedade na qual invoca-se diariamente “O Clemente e Misericordioso” mais de trinta vezes em oração. É um tema que serve para nos aproximar (cristãos e muçulmanos), ainda que os conceitos de misericórdia sejam um tanto diferentes no cristianismo e no Islã. O conceito de misericórdia cristão está associado à ternura. Após os atentados recentemente ocorridos, uma das feridas deixadas nos corações de nossos irmãos muçulmanos talvez provenha de sentirem-se tratados com desconfiança. Como cristãos, é preciso que façamos tudo o que estiver ao nosso alcance para reverter esse sentimento de humilhação”.

Fonte: Aleteia

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Papa Francisco: como não culpar Deus diante da morte de um ente querido


O Papa Francisco explicou hoje, em sua catequese aos peregrinos, como viver o luto quando se enfrenta o falecimento de alguém muito querido.

A morte faz parte da vida, disse o Papa, mas quando se dá na família, é muito difícil vê-la como algo natural. Para os pais, perder o próprio filho é algo “desolador”, que contradiz a natureza elementar das relações que dão sentido à própria família. Francisco falou de sua experiência com os fiéis que participam da missa na Casa Santa Marta quando alguns pais, ao falarem da morte do próprio filho, têm “o olhar entristecido”.

“A morte toca e quando é um filho, toca profundamente”, disse. A perda de um filho é como parar o tempo, onde passado e futuro não se distinguem mais. Toda a família fica paralisada. O mesmo acontece para o menor que fica órfão e, com sofrimento, se pergunta quando voltará seu pai ou sua mãe.

“Nesses casos, a morte é como um buraco negro que se abre na vida das famílias e à qual não podemos dar qualquer explicação.” E, às vezes, acaba-se por culpar ou negar Deus. “Eu os entendo”, disse Francisco, porque se trata de uma grande dor.  

Todavia, prosseguiu o Papa, a morte física tem “cúmplices”, que são até piores do que ela, como o ódio, a inveja, a soberba e a avareza. O pecado faz com que esta realidade seja ainda mais dolorosa e injusta.

“Pensemos na absurda ‘normalidade’ com a qual, em certos momentos e lugares, os eventos que acrescentam horror à morte são provocados pelo ódio e pela indiferença de outros seres humanos. O Senhor nos liberte de nos acostumarmo-nos a isso!”

Jesus nos ensina a não temer a morte, mas também a vivenciá-la de forma humana. Ele mesmo chorou e ficou turbado ao compartilhar o luto de uma família querida. A esperança nasce das palavras de Cristo à viúva que perdeu seu filho: “Jesus o restituiu à sua mãe”. “Esta é a nossa esperança, que o Senhor nos restituirá todos os nossos caros”, disse o Papa.

Se nos deixarmos amparar por esta fé, a experiência do luto pode gerar uma solidariedade mais forte dos elos familiares, uma nova fraternidade com as famílias que nascem e renascem na esperança. Esta fé nos protege seja do niilismo, seja das falsas consolações supersticiosas e nos confirma que a morte não tem a última palavra.

Por isso, é necessário que os pastores e todos os cristãos expressem de maneira mais concreta o sentido da fé junto às famílias em luto. E nos inspirar naquelas famílias que encontraram forças para perseverar na fé e no amor, testemunhando que o trabalho de amor de Deus é mais forte que a morte. “E lembremo-nos daquele gesto de Jesus, quando nos reencontraremos com os nossos caros e a morte será definitivamente derrotada.”


Fonte: Rádio Vaticano

“Laudato Si”: Lançada encíclica do Papa Francisco sobre a criação


VATICANO, 18 Jun. 15 / 07:06 am (ACI).- Foi oficialmente lançada nesta quinta-feira, 18, a nova encíclica do Papa Francisco, “Laudato Si, sobre o cuidado da casa comum”. O título, que significa “Louvado Seja”, remete ao ‘Cântico das Criaturas’ de São Francisco de Assis, religioso que inspirou o Pontífice na escolha do seu nome.

A apresentação do texto foi feita durante coletiva na sala de Imprensa da Santa Sé, da qual participaram o Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, o Metropolita de Pérgamo, John Zizioulas, representando o Patriarcado Ecumênico e da Igreja Ortodoxa; e o fundador e diretor do Potsdam Institute for Climate Impact Research, professor John Schellnhuber.

A encíclica, como disse o Papa Francisco no Angelus de domingo, 14, é direcionada a todos e aborda questões relacionadas ao cuidado com a criação.

O documento é dividido em seis capítulos e possui 192 páginas. Está disponível em italiano, francês, inglês, alemão, polonês, árabe, espanhol e português.

Para baixar a encíclica “Laudato Si” em português, acesse:

Fonte: acidigital.com

terça-feira, 14 de abril de 2015

Menino com câncer realiza um desejo incomum: ser sacerdote por um dia


Brett Haubrich, é um menino de 11 anos e padece de um tumor cerebral inoperável de terceiro grau. Quando a organização Make-A-Wish, famosa por conceder pedidos a crianças com doenças terminais nos EUA, lhe ofereceu um desejo, Brett não pediu visitar um parque de diversões ou conhecer um artista famosos, o menino fez um pedido inédito: Ser sacerdote ao menos por um dia.

A fundação Make-A-Wish (“Faça um pedido”), conhecida por brindar alegria aos menores de 3 a 17 anos, com graves enfermidades tem um longo histórico de fazer o possível e o impossível para atender os desejos dos pequenos, mas, o pedido de Brett os deixou perplexos.

Quando perguntaram a Brett, o segundo de quatro irmãos, qual era seu desejo, inicialmente não tinha nenhum. Mas quando ao perguntar o que ele queria ser quando crescesse, antes que ser médico ou engenheiro, na lista de Brett estava ser sacerdote.

A mãe do garoto, Eileen, entrevistada pelo St. Louis Review, o jornal da Arquidiocese de St. Louis, recordou que seu filho “não queria nada. Tiveram que seguir perguntando ‘onde você gostaria de ir? quer conhecer alguém? o que quer ser quando crescer?”.

Nesse momento o menino respondeu sem duvidar “o que realmente quero é ser sacerdote”.

A ideia inicial foi que Brett pudesse ajudar na Missa de um sábado pela manhã e para isso contataram o Pe. Nick Smith, mestre de cerimônias da Catedral de St. Louis. Para a alegria da mãe sua resposta foi: “Podemos fazer algo melhor que isso”.

“Por que não fazemos que venha na Quinta-feira Santa? Ele pode ajudar na Missa Crismal”, disse o Pe. Smith. A missa crismal é a ocasião em que os bispos consagram os óleos que serão utilizados nos sacramentos administrados nas suas dioceses e marca de maneira peculiar a reflexão sobre o sacerdócio, pois, em muitos lugares é ocasião para que os padres renovem suas promessas sacerdotais.

Junto ao Pe. Smith, durante a ligação da família de Brett, encontrava-se o Arcebispo de St. Louis, Dom Robert J. Carlson.

“Tudo aconteceu enquanto ele estava do meu lado”, disse o sacerdote, que assegurou que o Arcebispo estava “muito emocionado”. “Ele estava lançando ideias a torto e à esquerda: ‘façamos isto, façamos o outro’”, mencionou o Pe. Nick.


Brett participou tanto na Missa Crismal como na Missa da Ceia do Senhor, ajudando como coroinha. Além disso, Dom Carlson lavou-lhe os pés junto de outros 11 seminaristas.

O menino almoçou junto com o Arcebispo depois da Missa Crismal e jantou com os seminaristas na residência episcopal antes da Missa do Ceia do Senhor.
Foi o Arcebispo que teve as ideias do jantar junto aos seminaristas e do lavatório de pés.

O Pe. Smith preparou um programa para esse dia e o entregou pessoalmente a Brett, junto com uma carta assinada por Dom Carlson.

Apesar de seu temor de equivocar-se em alguma parte da Missa, o Arcebispo assegurou que Brett “se saiu muito bem”. Para o menino “foi uma experiência realmente genial”.

A mãe de Brett disse não estar surpreendida pelo desejo do menino de ser sacerdote, pois “durante anos ele amou a Missa e foi muito piedoso” . “Ele tem um coração tão bom. É um menino muito carinhoso”, disse sua mãe.

Por sua parte, Brett assinalou: “eu gosto de receber o Corpo e o Sangue” de Cristo.

A equipe de terapia St. Anthony que ajuda à família do Brett criou uma conta no site GoFundMe para compilar recursos para seu tratamento.

Na petição se recordou que embora “a cirurgia não é uma opção neste momento, estamos rezando para que a quimioterapia e a radiação reduzam o tumor”.